Blog

Artigos

AUTOSSABOTAGEM: POR QUE NOS BLOQUEAMOS E COMO SUPERAR ESSE COMPORTAMENTO

Tempo de Leitura: 3 min 6 seg

Você já teve a sensação de estar prestes a alcançar um objetivo importante, mas, por algum motivo, acabou se desviando ou desistindo? Muitas vezes, isso acontece por um fenômeno chamado autossabotagem, um comportamento inconsciente que nos impede de avançar em diversas áreas da vida.

A autossabotagem pode afetar a carreira, os relacionamentos e até mesmo a saúde mental, criando ciclos repetitivos de frustração. Neste artigo, vamos entender o que causa esse padrão de comportamento, como identificá-lo e quais estratégias podem ajudar a superá-lo.

O que é autossabotagem?

autossabotagem é um conjunto de ações (ou falta delas) que impedem uma pessoa de alcançar seus objetivos e viver plenamente. Muitas vezes, ela acontece de forma inconsciente, como um mecanismo de defesa contra o medo do fracasso, da rejeição ou até mesmo do sucesso.

As pessoas que se sabotam frequentemente:

  • Procrastinam tarefas importantes.
  • Criam desculpas para evitar mudanças.
  • Se envolvem em padrões de relacionamento destrutivos.
  • Destroem oportunidades por insegurança ou perfeccionismo excessivo.

Principais causas da autossabotagem

A autossabotagem pode ter várias origens, geralmente ligadas a experiências da infância, crenças limitantes e padrões emocionais negativos. Algumas das principais causas incluem:

1. Medo do fracasso

O receio de errar pode fazer com que a pessoa evite desafios, mesmo quando tem capacidade para superá-los. Isso leva à procrastinação e à falta de iniciativa.

2. Medo do sucesso

Pode parecer contraditório, mas algumas pessoas temem as responsabilidades e mudanças que o sucesso pode trazer. Isso pode levar a atitudes que comprometem o próprio progresso.

3. Crenças limitantes

Frases como “Eu não sou bom o suficiente” ou “Não mereço ser feliz” são exemplos de pensamentos automáticos negativos que reforçam comportamentos autossabotadores.

4. Esquemas mal adaptativos

Na Terapia do Esquema, existem padrões emocionais profundos que influenciam a forma como nos comportamos. O esquema de Fracasso, por exemplo, faz com que a pessoa se veja como incapaz, levando-a a evitar desafios por medo de confirmar essa crença.

Como identificar a autossabotagem?

Para mudar um comportamento, o primeiro passo é reconhecê-lo. Pergunte-se:

  • Quais padrões se repetem na minha vida e me impedem de avançar?
  • Evito situações por medo de errar?
  • Eu me envolvo em relacionamentos ou escolhas prejudiciais repetidamente?

Manter um diário de autossabotagem pode ajudar a identificar gatilhos e padrões inconscientes que levam à repetição desse ciclo.

Estratégias para superar a autossabotagem

Se você percebe que está se autossabotando, existem formas eficazes de mudar esse padrão e construir hábitos mais saudáveis:

1. Identifique suas crenças limitantes

Anote os pensamentos negativos recorrentes e questione se eles são realmente verdadeiros. Muitas vezes, eles vêm de experiências passadas e não refletem a realidade atual.

2. Substitua o medo pela ação

Se você aguardar até estar pronto para agir, talvez nunca inicie. Dê pequenos passos e celebre cada conquista, por menor que seja.

3. Trabalhe a autocompaixão

Trate-se com a mesma gentileza que trataria um amigo. O erro faz parte do aprendizado, e ninguém precisa ser perfeito para merecer sucesso.

4. Reestruture seus pensamentos

Terapia cognitivo-comportamental (TCC) ensina técnicas de reestruturação cognitiva para substituir pensamentos autossabotadores por afirmações mais realistas e positivas.

5. Busque ajuda profissional

Se a autossabotagem está impactando sua qualidade de vida, um psicólogo pode ajudar a identificar as causas profundas e a desenvolver estratégias para superá-la.

Conclusão

A autossabotagem pode ser um obstáculo significativo para o crescimento pessoal e profissional, mas não precisa ser um ciclo eterno. Ao reconhecer esses padrões e adotar estratégias para superá-los, você pode desbloquear seu verdadeiro potencial e conquistar seus objetivos com mais confiança e equilíbrio.

👉 Gostou deste artigo? Compartilhe com alguém que pode estar se autossabotando! Deixe um comentário contando quais dessas estratégias você pretende colocar em prática.

Referências Bibliográficas

  • YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do esquema: guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008.
  • BECK, A. T. Cognitive therapy and the emotional disorders. New York: International Universities Press, 1976.
  • NEFF, K. Self-Compassion: The Proven Power of Being Kind to Yourself. New York: HarperCollins, 2011.
  • BURNS, D. D. The Feeling Good Handbook. New York: Plume, 1999.
  • ARNTZ, A.; JACOB, G. Schema therapy in practice. Chichester: Wiley-Blackwell, 2012.
  • FLETT, G. L.; HEWITT, P. L. Perfectionism: Theory, Research, and Treatment. Washington, DC: American Psychological Association, 2002.
© 2025 - Andrei Silveira Camargo